quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Meu Eu Político

Em resposta a uma pergunta no ask.fm:

qual sua história com a política? digo, como se descobriu socialista e o que faz para colocar sua ideologias em movimento?


Evidente que isso é uma construção permanente, visto que tudo começou antes mesmo de eu nascer, com minha própria mãe se envolvendo com a política na militância dos movimentos sociais.

No entanto, o estopim de meu envolvimento com a política está relatado neste link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=394482550600369&set=a.190245621024064.43417.100001158814241&type=3&theater

Desde então, acompanhando de perto a política eleitoral, com o auxílio de meus queridos amigos Nildão e Angela, pude conhecer melhor esse meio e aumentar ainda mais meu interesse.

De 2004 a 2006, estive profundamente envolvido com o PCdoB, Partido Comunista do Brasil, fato que começou a transformar meus princípios de justiça e igualdade em algo mais sólido, fundamentado nas teorias de Marx e Engels.

Por vários motivos, principalmente minha divergência com o partido em temas como apoio incondicional ao Presidente Lula, posição sobre assuntos polêmicos, entre outros, acabei me afastando. Mas sempre mantive o carinho pela Angela e pelo Nildão - o qual, inclusive, já havia migrado para o PT.

Ainda em 2004, formei uma chapa para as eleições do Grêmio Estudantil do Educandário Imaculada Conceição e, após uma política de alianças, resolvi sair da presidência da chapa para ser o 1º secretário da vencedora, para que, assim, ganhasse experiência.

Em 2006, reativei o Grêmio Estudantil do Colégio Catarinense (Teotônio Vilela), alcançando com meus companheiros de chapa a vitória da eleição, sob o cargo de presidente.

Essas duas experiências me trouxeram muita sabedoria para os próximos passos, porque infelizmente as duas deram errado, principalmente a segunda. Eu ainda precisava evoluir muito para conseguir exercer minha liderança com certa excelência.

Em 2008, novamente prestei apoio à candidatura da Angela, que disputava dessa vez a prefeitura da Capital. Ainda nesse ano, ingressei na Ordem DeMolay, que, muito além de um clube de amigos, era uma escola de liderança e incentivadora de valores primordiais para nossos tempos.

A cada eleição, fervia no meu sangue a vontade de participar da política. Nunca foi diferente, desde 2002.

Em 2010, pude ter minha melhor experiência com a política, tomando conhecimento da figura ímpar de Marina Silva, que em tempos de predomínio populista e desenvolvimentista - legado do ex-presidente Lula -, defendeu a ética e transparência, a sustentabilidade, um novo jeito de fazer política. Fui atrás, me inteirei, fortaleci meus ideais e fiz campanha pela Marina - me tornei um sonhático, junto com seus demais apoiadores. Novamente divergi do PCdoB e da esquerda tradicional, a qual acusou a Marina de fazer o jogo da direita, impedindo a eleição em 1º turno da Dilma e, sobretudo, de Plínio, do PSOL, que acusava-a de ser ecocapitalista, a serviço dos grandes empresários. Vi isso sob o olhar do que pregava Marina, como ela chamava de "velha política", até porque ele, que se dizia comunista, detinha um patrimônio milionário - e intitulava-a de ecocapitalista! Pasmém!

Em 2011, vi com alegria nascer o Movimento pela Nova Política, que congregou não só Marina Silva, mas também outros políticos que eu admirava, como Cristóvam Buarque e Heloísa Helena. Seus princípios, expostos no Manifesto (disponível aqui: http://novapolitica.com.br/page/movimento) iam exatamente ao encontro daquilo que eu pensava e defendia na sociedade.

Em 2012, novamente apoiei Angela Albino nas eleições municipais, cuja candidatura trouxe um programa de governo ideal para Florianópolis, em todas as áreas. Infelizmente, por um infortúnio político, ela não passou do primeiro turno e foram para o segundo turno justamente as forças da situação política catarinense e florianopolitana, as forças que representavam as oligarquias regionais e a direita. Indignado, junto com outras pessoas que articulavam o voto nulo, fundei o movimento Acorda Floripa, com a intenção de mostrar a indignação que não só eu, nem só meus colegas fundadores, mas também e sobretudo os 20% de votos de abstenção e os 36% de votos que as forças da oposição - Angela e Elson - haviam ganhado. O Acorda era um espaço virtual onde era possível fazer denúncias sobre a cidade e a intenção era que se transformasse em um espaço de democracia participativa. Temos vários projetos para tocar, junto ao Acorda, mas confesso que no momento estamos um pouco parados no momento. No entanto, em meio às eleições em 2012, no segundo turno, fizemos em articulação com movimentos sociais da cidade a Marcha da Insatisfação e conseguimos reunir mais de 200 pessoas no centro da Capital, denunciando nossa insatisfação com a cidade e com o rumo das eleições, com a perpetuação das forças reacionárias.

Agora em 2013, inicio o ano me envolvendo com a formação do novo partido político, a nova Rede pela Nova Política, liderada por Marina Silva. É minha esperança para a política no Brasil, da qual eu já havia desistido e estava investindo tão somente em ONGs e movimentos sociais.

Esqueci de falar sobre minha atuação política na faculdade. Na primeira e segunda fase fui representante de turma; na segunda fui membro da Comissão Pedagógica, que discutia o defasado currículo do curso; na terceira, fui Coordenador Local de Estágios e Vivências, o que me levou à Recife para o FEV, uma excelente experiência de vida; ano passado, fui a São Paulo no COBEM - Congresso Brasileiro de Educação Médica -, onde fui indicado para ser Vice-Representante Discente Regional (de SC e PR) para a Associação Brasileira de Educação Médica.

Quanto ao socialismo, em si, tudo começou em 2004, com o PCdoB, conforme falei. À medida que me afastei do partido, comecei a ir atrás sozinho de informações sobre o socialismo e me identifiquei com os ideais utópicos, pregador por Gracchus Babeuf, Charles Fourier e, mais recentemente, Liév Tolstói. Como também me envolvi com o vegetarianismo, estou profundamente alinhado aos ideais ecossocialistas, junto a Marina Silva.

Bom, creio que falei um pouco de tudo sobre minha história com a política. :)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...