segunda-feira, 22 de abril de 2013

Maioridade Penal

"Se eu acreditasse por um segundo que aumentar os anos de internação ou reduzir a maioridade penal diminuiria a violência, estaria fazendo campanha neste momento." Eliane Brum

http://revistaepoca.globo.com//Sociedade/eliane-brum/noticia/2013/04/pela-ampliacao-da-maioridade-moral.html

terça-feira, 16 de abril de 2013

Revolucionemos.


Por que os índios têm coragem e ação, e nós não?

Aprendamos com nossos irmãos indígenas brasileiros e mobilizemo-nos. Revolucionemos.

Vivemos em um Estado de Ordem, onde prevalece o caos: caos da corrupção, caos da miséria, caos da injustiça social e por aí vai... A Ordem não é para quem é marginalizado, a Ordem é para quem detém o poder e em uma democracia antidemocrática como a nossa, o poder está nas mãos de poucos.

Reitero: revolucionemos. A democracia precisa ser democratizada.

http://www.brasildefato.com.br/node/12677

sábado, 13 de abril de 2013

Infelicianidade, Frei Betto


Vocábulos nascem de expressões populares. Assim como nomes próprios trazem significados que deitam raízes em suas respectivas etimologias. Feliciano é nome de origem latina, derivado de felix, feliz. Nem sempre, contudo, uma pessoa chamada Modesto deixa de ser arrogante e conheço uma Anabela que é de uma feiura de fazer dó.

Estamos todos nós, defensores dos direitos humanos, às voltas com um pepino federal. Nossos servidores na Câmara dos Deputados, aqueles cujos altos salários são pagos pelo nosso bolso, cometeram o equívoco de eleger o deputado e pastor Marco Feliciano para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

O pastor deputado, filiado ao PSC-SP, escreveu em seu Twitter: "Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato". Em outra mensagem, postou: "Entre meus inimigos na net (sic) estão satanistas, homoafetivos, macumbeiros...".

Em processo aberto no Supremo Tribunal Federal, Feliciano é acusado de induzir ou incitar discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia ou religião --crime sujeito à prisão de um a três anos, além de multa. Em sua defesa, Feliciano afirma: "Citando a Bíblia (...) africanos descendem de Cão (sic) (ou Cam), filho de Noé. E, como cristãos, cremos em bênçãos e, portanto, não podemos ignorar as maldições".

Que deus é esse que amaldiçoa seus próprios filhos? Essa suposta teologia vigorou no Brasil colonial para justificar a escravidão. O Deus de Jesus ama incondicionalmente a todos. Ainda que O rejeitemos, Ele não deixa de nos amar, conforme atestam a relação do profeta Oseias e sua mulher, Gomer, e a parábola do Filho Pródigo.

Todo fundamentalismo cristão é ancorado na interpretação literal da Bíblia, que deriva da ignorância exegética e teológica. Os criacionistas, por exemplo, acreditam que existiram um senhor chamado Adão e uma senhora chamada Eva, dos quais somos descendentes (embora não expliquem como, pois tiveram dois filhos homens, Caim e Abel...). Ora, Adão em hebraico é terra, e Eva, vida. O autor bíblico quis acentuar que a vida, dom maior de Deus, brota da terra.

Ter Feliciano como presidente de uma comissão tão importante --por culpa de legendas como PMDB, PSDB e PT-- é uma infelicidade. Não condiz com o nome do deputado que, na roda do samba que está obrigado a dançar, insiste no refrão: "Daqui não saio, daqui ninguém me tira".

O deputado é um pastor evangélico. Sua conduta deveria, no mínimo, coincidir com os valores pregados por Jesus, que jamais discriminou alguém.

Jesus condenou o preconceito dos discípulos à mulher sírio-fenícia; atendeu solícito o apelo do centurião romano (um pagão!) interessado na cura de seu servo; deixou que uma mulher de má reputação lhe lavasse os pés com os próprios cabelos, e ainda recriminou os que se escandalizaram ao presenciar a cena; e não emitiu uma única frase moralista à samaritana adepta da rotatividade conjugal, pois estava no sexto homem! Ao contrário, a ela Jesus se revelou como o Messias.

É direito intrínseco de todo ser humano, e também da democracia, cada um pensar pela própria cabeça. Nada contra o pastor Feliciano, na contramão do Evangelho, abominar negros e odiar homossexuais e adeptos da macumba. Desde que não transforme seu preconceito em atitude discriminatória, e seu mandato em retrocesso às conquistas que a sociedade brasileira alcança na área dos direitos humanos.

Estamos todos nós indignados frente ao impasse armado pelo jogo político rasteiro da Câmara dos Deputados. Eis uma verdadeira situação de infelicianeidade, com a qual não podemos nos conformar.

CARLOS ALBERTO LIBÂNIO CHRISTO, 68, o Frei Betto, frade dominicano, é autor de "Aldeia do Silêncio" (Rocco)

"Os candidatos são todos iguais", Frei Betto


FREI BETTO

TENDÊNCIAS/DEBATES

"Os candidatos são todos iguais"

Estamos sujeitos ao governo do nascimento à morte. Política não é como jiló ou ópera. Ficar indiferente a ela tem um preço: ser refém do governante da vez

Época de eleição é época de emoção. A razão entra em férias, a sensibilidade fica à flor da pele. Em família e no trabalho, todos manifestam as suas opiniões.

O tom varia do palavrão a desqualificar toda a árvore genealógica do candidato à veneração acrítica de quem o julga perfeito. Marido briga com a mulher, pai com o filho, amigo com amigo, cada um convencido de que possui a melhor análise sobre os candidatos...

Um terceiro grupo insiste em se manter indiferente ao período eleitoral. Todos os candidatos são considerados corruptos, mentirosos, aproveitadores ou demagogos (ou tudo ao mesmo tempo).

Mas não há saída: estamos todos sujeitos ao Estado. Ficar indiferente é passar cheque em branco, assinado e de valor ilimitado, ao candidato vitorioso. Governo e Estado são indiferentes à nossa indiferença, aos nossos protestos individuais.

É compreensível uma pessoa não gostar de ópera, de jiló ou da cor marrom. E mesmo de política. Impossível é ignorar que todos os aspectos de nossa existência, do primeiro respiro ao último suspiro, têm a ver com política.

A classe social em que cada um de nós nasceu decorre da política vigente no país. Houvesse menos injustiça e mais distribuição da riqueza, ninguém nasceria entre a miséria e a pobreza. Como nenhum de nós escolheu a família e a classe social em que veio a este mundo, somos todos filhos da loteria biológica. O que não deveria ser considerado privilégio por quem nasceu nas classes média e rica, e sim dívida social para com aqueles que não tiveram a mesma sorte.

Somos ministeriados do nascimento à morte. Ao nascer, o registro segue para o Ministério da Justiça. Vacinados, ao da Saúde; ao ingressar na escola, ao da Educação; ao arranjar emprego, ao do Trabalho; ao tirar habilitação, ao das Cidades; ao aposentar-se, ao da Previdência Social; ao morrer, retorna-se ao Ministério da Justiça. E nossas condições de vida, como renda e alimentação, dependem dos ministérios da Fazenda e do Planejamento.

Em tudo há política. Para o bem ou para o mal.

O Brasil é o resultado das eleições de outubro. Para melhor ou para pior. E os que o governam são escolhidos pelo voto de cada eleitor.

Faça como o Estado: deixe de lado a emoção e pense com a razão. As instituições públicas são movidas por políticos e pessoas indicadas por eles. Todos os funcionários são nossos empregados. A nós devem prestar contas. Temos o direito de cobrar, exigir, reivindicar, e eles o dever de responder às nossas expectativas.

A autoridade é a sociedade civil. Exerça-a. Não dê seu voto a corruptos nem se deixe enganar pela propaganda eleitoral. Vote no futuro melhor de seu município. Vote na justiça social, na qualidade de vida da população, na cidadania plena.

CARLOS ALBERTO LIBÂNIO CHRISTO, 67, o Frei Betto, frade dominicano, é escritor, assessor de movimentos sociais e autor de "Calendário do Poder" (Rocco), entre outros livros

Radical

Sei que minhas ideias parecem moderadas, mas sou extremamente radical em favor de uma democracia plena.

Um novo paradigma político


Acho interessante (e me irrita, admito) quando dizem:
"mas (fulano) nunca vai chegar no poder
sem apoio"

Questiono:
1) Quem disse que (fulano) quer chegar no poder?
2) E se o que se deseja é, na verdade, compartilhar o poder?
3) De que vale chegar ao poder, com "apoio", se nele não se poderá fazer aquilo que se acredita, com base em princípios os quais na vida inteira se edificaram?

Reflexão:
Esse paradigma posto como "democracia" nos dias atuais precisa ser reformado. A forma como nos relacionamos e o sistema político pelo qual nossa sociedade se organiza deve ser revolucionado. A lógica do poder pelo poder, do pragmatismo político e do fisiologismo partidário deve ser superada.

Posto isso, compartilho meu insight:
A política tem urgentemente de se renovar - e aqui não falo da simples troca de nomes de nossos representantes, mas das ideias que permeiam nossa forma de nos relacionar. Uma renovação de paradigma.

terça-feira, 9 de abril de 2013

O Destino

 Não tem nada melhor do que poder "dizer" ao destino: obrigado por ter dificultado as coisas naquele momento, daquela forma.

Dias como hoje me dão a certeza de que tudo é predestinado e harmônico. E, em certos momentos, por mais que a revolta e a ansiedade tomem conta, o melhor que há a fazer é ter calma, paciência e simplesmente "aguardar" (o que não é sinônimo de não fazer nada).

É preciso nadar com a maré! Nossa vida tem um destino, só precisamos utilizar as ondas ao nosso favor.

sábado, 6 de abril de 2013

Little Things - One Direction


"I've just let these little things
Slip out of my mouth
Because it's you"

Quem serei?


O meu questionamento é: devo ser médico e tocar meu lado cidadão-político-filósofo concomitantemente, ou me dedicar exclusivamente ao 2º, talvez em uma outra profissão, que me dê mais tempo e energia de fazer isso que eu gosto tanto?

Infelizmente, a Medicina por si só não me completa e ela suga muito minha energia.

Esta é a minha única incerteza quanto a continuar na Medicina: será que conseguirei estudá-la e praticá-la, sem ter que ofertar exclusividade em troca? Porque também se for para ser um mal médico, nem vou perder meu tempo...

Para quem se ou me questiona, está aí um pouco do que passa em minha cabeça sobre minha escolha profissional.

Humanidade


Respeito, dignidade, amor: humanidade.

Eu gostaria que todos os brasileiros tivessem acesso aos conhecimentos que tive, tanto de livros, quanto de falas, quanto de vivências, para compreender a importância de sermos humanos e nos respeitarmos dignamente uns aos outros. Infelizmente, a realidade atual não é essa.

Mas, aos poucos, vamos desconstruindo a marginalização social e psicológica que privam nossos concidadãos de seu potencial humano e humanista. Aos poucos, os Felicianos perderão credibilidade não porque está fora de moda ser homofóbico (afinal, para alguns, o respeito tem surgido hipócrita e simplesmente porque parece feio julgar e agredir o diferente), mas sobretudo porque essa lógica do paradigma social atual não terá mais sentido!

Dou-me o direito como ser humano vivo e atuante de sonhar com esse dia, em que os Felicianos serão poucos frente aos humanistas, e dedicar minha vida, além de meus prazeres pessoais, realização profissional ou qualquer outra coisa, por essa sociedade que um dia haverá de ser humanamente plena e digna.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Nomeações, cargos e funções, de Paulo Rosenbaum


"Eles são destinos, os frutos mais bem acabados do fisiologismo que, a mando do pragmatismo utilitarista, assola a política brasileira.  

Trata-se portanto de aberração calculada. Mas que não se engane, todas essas situações são produções bem cuidadas. Só que algumas delas escapam ao controle e não saem conforme planejado. Esqueçam, não há o menor incomodo ou constrangimento pelos acordos aliados e suas consequencias. Essa na verdade é a cara da frente partidária que hoje distribui as cartas do poder no Brasil. Incomodo é modo de dizer. Nada perturba o estoicismo ou o sono dos pragmáticos do planalto. Das duas uma: ou estamos todos enganados ou o golpe é tão bem aplicado que não sentimos nem quando a agulha espeta a carne.

...

Os direitos humanos são tributarios dos deveres republicanos e não podem pertencer à comissões, cargos ou rifas de poder. Toda concentração de poder é perversão e perversões não costumam combinar com bem estar coletivo." Paulo Rosenbaum

http://www.jb.com.br/coisas-da-politica/noticias/2013/04/04/nomeacoes-cargos-e-funcoes/

A política no jargão popular, de JOSIAS LUIZ GUIMARÃES


"A política busca, na realidade, a felicidade da comunidade. Aristóteles usava três expressões para demonstrar isso, ou seja, dzem, eu dzem e Sy dzem, significando respectivamente: viver, viver bem e relacionar-se bem, para viver bem, o que viria ser a mesma coisa: a busca da felicidade, ou bem estar da vila, município, estado." JOSIAS LUIZ GUIMARÃES

Texto integral em: http://dm.com.br/texto/104492-a-polatica-no-jargao-popular

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Little Wonders - Rob Thomas


Keep moving on

"Let it slide,
Let your troubles fall behind you
Let it shine
Until you feel it all around you
And i don't mind
If it's me you need to turn to
We'll get by,
It's the heart that really matters in the end"
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