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sábado, 6 de fevereiro de 2016

Por que escolhi não ser médico?

Há pouco mais de um ano, tomei a decisão que influenciará fortemente todo o resto de minha vida: decidi não ser médico.

Em 2010, ingressei no curso de Medicina na Universidade Federal de Santa Catarina após duas tentativas pelo concurso vestibular. Anos se passaram, fui a um intercâmbio nos Estados Unidos que abriu minha mente às possibilidades e me deu força e coragem para agir e mudar meu rumo. Optei por não ser médico, por trocar de curso e dar uma nova direção à minha vida profissional. Há algumas semanas, já em 2016 - ironicamente seria o ano em que me formaria, caso não tivesse atrasado o curso -, concretizei os planos: solicitei cancelamento de matrícula na UFSC e fui aprovado em primeiro lugar no concurso vestibular Fuvest para Saúde Pública na USP e em primeiro lugar no concurso SISU/ENEM para Saúde Coletiva na UFRGS.

E aqui estou, parando brevemente antes de prosseguir para refletir e compartilhar as experiências e aprendizados acumulados. Pelos próximos dias, farei uma série de postagens no meu blog elencando o porquê de eu ter escolhido não ser médico e, consequentemente, de ter mudado completamente meu rumo profissional.

Para mim, servirá de registro para sempre me lembrar das motivações, das experiências e dos sentimentos que permearam e que me conduziram a este novo caminho. Para outrem,, acredito que pode ter inúmeras funções. Caberá ao leitor definir qual mais lhe cabe: se é motivar para também trocar de curso, se é para motivar a perseguir os próprios sonhos, se é para questionar a Medicina ocidental atual, enfim, várias possibilidades se abrirão neste percurso. Fica o convite para refletir comigo. E ficam abertas as portas para as trocas.


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O SUS que dá certo

Um vídeo mais lindo que o outro no concurso da @RedeHumanizaSUS. Como é bom ver o SUS que dá certo! Me motiva muito a seguir minha profissao

Link para os vídeos do concurso da @RedeHumanizaSUS : http://www.redehumanizasus.net/concurso

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Experimentação do Viver

Às vezes quando paro para pensar e sentir por que eu ainda continuo no curso de Medicina, preciso refletir sobre meus princípios de vida.

Minha opção pela Medicina atualmente é sobretudo ética e política. Eu acredito em uma forma diferente de prática médica e se eu desistir de meu caminho, quem o seguirá por mim? Eu desejo ver essa mudança acontecer!

Creio que várias pessoas passam por questionamentos semelhantes, em várias profissões. E acredito na importância da perseverança nesse caminho, na afirmação dele. Se todos desistirem, nada nunca muda. E a transformação é necessária nos processos da vida.

Às vezes essa minha escolha mais me parece uma tortura ou um masoquismo. Mas o processo de aperfeiçoamento jamais é sereno e calmo, já que são as turbulências que conduzem o indivíduo adiante. Talvez eu precise aprender a conviver melhor com o indesejado, com o sofrido. E sobretudo talvez eu precise aprender a valorizar mais aquilo que me faz bem e que pode ser incluído na minha rotina desgastante.

Esse é um dos motivos pelos quais deletei meu facebook. Meus amigos reais merecem esse tempo que eu estava desperdiçando nas redes sociais. Quero gastá-lo com pessoas que eu amo e comigo mesmo.

Aos poucos, vou aprendendo a felicidade, sentindo os movimentos da vida que levam harmonicamente ao caminho e nadando junto a eles. Ainda vou aprender a viver! A vida é um aprendizado.

Pensando bem, viver não é tão torturante assim... Viver é experimentar-se.

sábado, 5 de outubro de 2013

Apenas um Desabafo

Em tempos difíceis, além de a todos que me cercam com muito carinho, agradeço a D-us pela força e pela luz que me cede para poder sonhar e agir por um futuro melhor para todos nós, seres vivos humanos e não-humanos.

Minha vida não é minha. Nasci para servir a um projeto maior, que ainda está em gestação em nossa sociedade. Sou uma célula dele e, embora minha função seja multiplicar, a qualquer momento estou disposto à apoptose, se eu me tornar prejudicial a ele.

O importante é que agora estou no caminho adequado e doando minha vida sempre a esse projeto maior. Não tenho medo ou vergonha de dizer em que acredito: o NOVO socialismo, amparado nos valores e ideais de seus primeiros pensadores, antes daqueles que o deturparam com o totalitarismo e o poder absoluto.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Sobre o TSE, 2014, a REDE e Mim

Ontem prometi no facebook uma carta/ensaio sobre a diligência do registro da REDE pelo TSE.

Pois bem: a fortaleza dos sentimentos impediu minhas inspirações de se traduzirem em palavras! Mas não me impediu de fazer uma breve busca aos pensadores de outrora para que transmitam as palavras que surgem em minha mente, mas que minhas mãos se negam a escrever. Apreciem o resultado!

Sobre a decisão do TSE e os possíveis erros da REDE:
“Livrem-se das velhas categorias do negativo (a lei, o limite, as castrações, a falta, a lacuna) que por tanto tempo o pensamento ocidental considerou sagradas, como forma de poder e modo de acesso à realidade. Prefiram o que é positivo e múltiplo, a diferença à uniformidade, os fluxos às unidades, os agenciamentos móveis aos sistemas.”
— Michel Foucault
“Uma idéia nova nunca pode caminhar dentro da lei. Pouco importa se esta idéia diz respeito às mudanças políticas ou sociais, ou a qualquer outro domínio de pensamento e expressão humana – a ciência, literatura, música; na realidade, tudo aquilo que se direciona a liberdade, regozijo e à beleza, tem que se negar a caminhar dentro da lei. Como poderia ser diferente? A lei é estacionária, fixa, mecânica, ‘uma roda de biga’ que esmaga tudo pela frente, sem levar em conta a hora, lugar e condições, sem levar em conta causa e efeito, sem nunca entrar nas minúcias da alma humana.”
— Emma Goldman

Sobre a eleição de 2014:
“A liberdade de eleições permite que você escolha o molho com o qual será devorado.”
— Eduardo Galeano
“Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão.”
— Eça de Queirós

Sobre o futuro da REDE:
“Não se pode matar a Idéia a tiros de canhão, nem tão pouco acorrentá-la.”
— Louise Michel
"Nada neste mundo é tão poderoso como uma idéia cuja oportunidade chegou."
- Victor Hugo
“Não há nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã."
- Victor Hugo
“A única alternativa é a utopia ou o caos. (…) os sintomas do desmoronar da civilização podem ser vistos por todas as partes e são bem mais agudos que aqueles percebidos nos últimos anos do império romano. No entanto, nem todos estes sintomas são necessariamente patológicos. O mundo contemporâneo se vê afetado por duas tendências opostas: uma que tende a sua destrução social, a outra que anuncia o nascimento de uma nova sociedade.”
— Kenneth Rexroth

Sobre meus aprendizados e reflexões com o que vivi nesses 8 meses de REDE:
“Jamais interprete, experimente.”
Gilles Deleuze
“Estamos usando nosso cérebro de maneira excessivamente disciplinada, pensando só o que é preciso pensar, o que se nos permite pensar.”
— José Saramago
“Quem combate monstruosidades deve cuidar para que não se torne um monstro. E se olhares durante muito tempo para um abismo, o abismo também olha para dentro de você.”
— Friedrich Nietzsche
“É a democracia, tal como a conhecemos, a melhor possibilidade em matéria de governo? Não é possível dar um passo mais em direção ao reconhecimento e a organização dos direitos do homem? Nunca poderá haver um Estado realmente livre e iluminado até que não se reconheça ao indivíduo como poder superior independente de quem deriva e a quem lhe cabe sua própria autoridade, e, em consequência, lhe de o tratamento correspondente.”
— Henry David Thoreau
"Cada um pensa em mudar a humanidade, mas ninguém pensa em mudar-se a sí mesmo."
— Liev Tolstói

Por fim:
“Somente os anarquistas haverão de saber que somos anarquistas e lhes pediremos que não se chamem assim para que não assustem os imbecis.”
— Ricardo Flores Magón

Esse é o meu recado. Agradeço aos grandes pensadores que me permitiram expressar o que sinto a partir dessa coletânea de citações. Espero que nenhum esteja vivo, para que não me cobrem direitos autorais. Nesse caso, ainda dou a última pitada: "É preferível cultivar o respeito do bem que o respeito pela lei." (Thoreau)

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

USA 2014

Estou precisando escrever sobre meu processo de intercâmbio. Como não quero ficar enchendo o saco dos amigos com isso, tampouco minha timeline do facebook - acendendo o pavio da inveja -, resolvi escrever aqui no blog mesmo, onde poucos acompanham e em geral não é povo que quer meu pescoço Hahahaa

Então... já passei na homologação da universidade (na qual é avaliado o mérito acadêmico), já passei na homologação parcial da CAPES (onde avaliam o ENEM e as vagas disponíveis) e já fiz o TOEFL, agora só aguardo a nota. Sinto que fui muito bem! Espero acertar no mínimo 50% (preciso de 35% para conseguir a bolsa).

Agora começo a ir atrás das cartas de recomendação e também de escolher as universidades.

Já optei por duas professoras para as cartas, espero que elas aceitem! Desenvolvi projetos legais com elas e creio que elas me conheçam bem para poder redigir a carta.

Em relação às universidades, já tenho algumas em mente, preciso pensar melhor sobre isso ainda... São elas: Harvard, Yale, John Hopkins, University of California - Los Angeles, Columbia University e University of Pittsburgh.

Preciso escolher três dessas aí. Vou focar em uma cidade com qualidade de vida, onde eu possa continuar sendo vegetariano, praticando Yôga e ao mesmo tempo fazendo um bom curso em Public Health, com algumas cadeiras em Fisiologia ou Anatomia, talvez.

No mais, em duas semanas vou tirar meu passaporte e já vou mandar traduzir meu histórico escolar.

Ou seja: tudo encaminhadinho!! Vou ir narrando aqui pelo blog minha trajetória. Não nego que isso tudo me deixa um pouco ansioso e eu preciso sublimar escrevendo! Heheeheh

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Marca de Nascença

Esta vai para a sessão "tosquices" interessantes deste blog: tal qual os personagens de Cloud Atlas, eu tenho uma marca de nascença em forma de cometa (na verdade, lembra muito, pois tem um corpo e uma cauda). Risos.

Não posto uma foto porque é em um lugar meio indecente! Risos.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

A Vida, A Humanidade, A Medicina e Eu

Pode soar banal o que irei abordar em minha crônica hoje, mas é incrível como das banalidades surgem reflexões interessantes.
Hoje sofri minha primeira reprovação importante na faculdade.
Vim no ônibus pensando no que isso representa em minha vida, depois de ter conversado com o professor do módulo sobre isso. Veio-me à mente questões importantes as quais o docente suscitou e muitas outras, coisas da minha cabeça.
Será que é a Medicina mesmo minha futura profissão?
Não sei. Se nem tenho certeza se realmente existo ou qual a natureza de minha existência, por que eu deveria saber isso? Por que eu deveria saber se fiz a escolha correta? O que sei, e disto tenho certeza, é que essa escolha tem me propiciado experiências de desafio, frustrações, conquistas. Tenho plena consciência de que, muito além da aquisição de conhecimentos e habilidades, essa formação está me construindo como sujeito, meu caráter, minha forma de relacionar-me. Tenho a impressão de que não importa a profissão em que eu esteja, a escolha que eu faça, em qualquer lugar eu vou conseguir essa construção pessoal e como isso é um dos fatores que mais pesam em minha escolha, tanto faz eu estar na Medicina ou em qualquer outro curso.
Outro fator que pesa muito é a minha participação na transformação social. Apesar de várias mágoas e desencantos com a sociedade, há algo muito forte dentro de minha mente: ser útil. E utilidade, para mim, é servir à formação de um novo modelo de sociedade, baseado em justiça social. Esse ponto me aproximou muito da Medicina quando conheci o funcionamento do SUS e o novo conceito ampliado de saúde. O controle social e a capacidade de agir na mudança da comunidade pela atenção primária é algo que me fascina, é um desejo que faz meu coração bater mais forte.
No entanto, há um significativo fator limitante: meu estilo de vida. Prezo pela minha saúde, em todos os sentidos. E eu possuo uma tendência a ter um relógio biológico um pouco diferente das outras pessoas: tendo a adormecer mais tarde e a despertar no final da manhã. E é uma tortura para mim - realmente uma tortura, acredite - acordar cedo. Em, minha faculdade, as aulas iniciam às 7h30, que vão até 11h50 e se cursar a fase completa continua das 13h30 às 17h10 - todos os dias úteis. Ainda há o tempo para o estudo sozinho, para desenvolver projetos (pesquisa, extensão) e sobra muito pouco para outras coisas que eu necessito: alimentação saudável, exercício físico, sono de qualidade. E Política.
Tenho um prazer quase que intrínseco por Política. Parece que nasci gostando. Eu amo tudo que advém das ciências sociais, me encanta entender e viver os relacionamentos interpessoais, as construções como indivíduo e sociedade. E daí surge outro fator que acarreta dúvidas quanto minha escolha profissional. Será que eu não devia ter escolhido Ciências Sociais? Psicologia? Filosofia?
Pode parecer estranho, mas o que me motivou a escolher Medicina, e não essas profissões foi a humanidade. Eis um motivo que me levou a descartar Agronomia também, outra área que me interessa. Eu preciso de uma profissão que me deixe em contato constante com humanos, gente, pessoas. Há algo em minha constituição mental que sempre me leva à frieza, objetividade, um perfil ótimo para um pesquisador tradicional ou para um empresário à moda antiga, mas que eu não valorizo. Tenho uma preocupação enorme em perder minha humanidade e dedicar-me a essas áreas sociais me conduziria a ficar preso em uma biblioteca, em meio a livros, teorias, etc., entretanto longe de pessoas. Seria uma excelente forma de eu superar minhas dificuldades, todavia seria uma fuga de minha construção como sujeito e de minha contribuição real à sociedade.
É difícil para mim contar essa história em uma conversa de bar, ou mesmo para meus amigos da faculdade. Não sei se por vergonha, ter medo de parecer um idiota, ou ser mesmo um idiota ou um esquizofrênico, enfim... em meio a banalidades, em palavras constituo minhas reflexões, sem medo do que pensará o leitor, pois nesse momento estamos apenas eu e meu instrumento de redação. O depois é o depois, pois agora sou eu e meus pensamentos, apenas.
Sim, o agora sou eu, pensando em ser ou não médico. Contudo o que é ser médico hoje? Antes da faculdade, para mim, o médico era um "mestre das doenças", e em meus estudos pude conhecer o ser médico "mestre da vida", que ajuda as pessoas a encontrarem formas de viver melhor em uma sociedade e um mundo que a todo instante a ela impõe dificuldades, em doenças que acometem ora seu corpo, mas ora também seu espírito ou mente - ou ambos. E é com a vida que eu me comprometi.
Logo antes de passar no vestibular, eu fiz um ritual próprio, pessoal e íntimo de compromisso com D-us. Eu me comprometi à trabalhar pela vida, pela sua manutenção, criação e aperfeiçoamento. E a vida é dinâmica, a vida está nas ruas, e não dentro das quatro paredes de uma biblioteca, ou de um laboratório. Está também na natureza semi-intacta (já que hoje poucos são os lugares onde o homem não imprimiu o reflexo de sua existência). E isso me remete novamente a ser médico. A Medicina concebida sob o aspecto da comunidade, relaciona-se com tudo: meio ambiente, sociedade, pessoas - e suas mentes, psicologia. E é aí que eu sinto que devo estar, no meio de "tudo", na vida.
Tratei aqui muito de fatores limitantes e fortalecedores internos até agora, mas há questões externas também. Diante de toda a dificuldade que tenho enfrentado em meu curso, imagine abrir o facebook e ver uma "enchente" de imagens e comentários do tipo "médico filho de papai", de que Medicina é vida boa, de que ser médico é ser elite, sem se preocupar com as pessoas, etc. Pode parecer ridículo, mas é desmotivador. Por que estou sofrendo tanto em servir à sociedade, agindo no sentido de possibilitar uma nova forma de relação social e de Medicina, inclusive, enquanto as pessoas menosprezam tanto minha profissão? Sei que há os maus médicos, mas há maus professores, maus engenheiros, há gente boa e ruim em todas as profissões. É desmotivador me esforçar e sofrer tanto para me formar na profissão que todo mundo vê com tanta negatividade generalizada.
O fato é que minha reprovação, realmente, está alicerçada em todos esses fatores. Enquanto tento domesticar meu sono, encontrar um equilíbrio entre o tempo para minhas atividades pessoais e profissionais, há a pressão. Pressão da família para que eu me forme logo e possa ajudar a sustentá-la. Pressão dos professores para que eu resolva logo meus problemas e me torne enfim um "bom aluno". Pressão dos colegas para que eu não seja um vagabundo, ou um perdido, como muitos me veem. Pressão dos amigos pessoais, que desejam compartilhar a vida social comigo, mas não conseguem porque estou muito dedicado à faculdade. E, não menos importante, enfim, minha pressão pessoal em atender a todos esses chamados da sociedade e, ao mesmo tempo, construir algo que defina "quem sou eu", para num futuro próximo resolver a questão de se a Medicina é a escolha correta, de fato, para mim.
Essas reflexões interessantes que surgiram da banalidade me conduzem ao que eu sempre soube, depois de me tornar estudante de Medicina: eu sei que vou sofrer, talvez mais do que já sofro, contudo eu devo persistir. Estou crescendo como nunca antes, estou cada vez mais perto de meus sonhos, de me tornar quem sempre desejei. Talvez no futuro eu venha a optar por uma outra profissão, mas por agora eu sei que estou onde devo estar e devo continuar persistindo, sofrendo se preciso, mas contentar-me felizmente em saber que estou onde devo estar. Posso não me tornar médico num futuro próximo, todavia estou me formando humano, gente. E isso me basta, mesmo que ser humano, hoje, não me garanta estar vivo - no capitalismo, o pão, a água, etc. se compra com o trabalho. No entanto, mesmo assim, me basta ser humano, ainda que um dia isso me custe a vida. Sou e continuarei sendo humano, cada vez mais. E, por agora, sou e continuarei estudante de Medicina. Que assim seja, até que a humanidade nos separe.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Eu e o Estudo da Medicina

Poucos compreendem minha trajetória no curso de Medicina.
Talvez conseguissem entender com maior facilidade se conhecessem o curso e suas falhas (que não estão restritas à UFSC).
Minha demora é consciente, planejada e muito bem esclarecida: é a demora necessária à formação de um médico que supere o modelo biomédico ineficiente. É a demora necessária à formação de um médico generalista, com a visão integral do paciente e da comunidade em que se insere.
É a demora, sobretudo, da formação universitária não só de um médico, mas de um cidadão ativo e atuante. E também não dá para esquecer a demora devido à minha juventude, que deve ser vivida e aproveitada, pois logo ela passa e não mais retornará.
Graças a D-us, tenho quem me ajude financeiramente nessa empreitada, quem acredita na minha pessoa e confia na forma como eu lido com a vida, em especial a profissional.
Portanto, não julgue sem conhecer. Deixem-me aprender em paz e guardem para si suas opiniões: cuidem de suas vidas, pois, como veem, cuido muito bem da minha. Garanto-lhes: daqui "sairá" um excelente médico, cidadão, humano.

sábado, 6 de abril de 2013

Quem serei?


O meu questionamento é: devo ser médico e tocar meu lado cidadão-político-filósofo concomitantemente, ou me dedicar exclusivamente ao 2º, talvez em uma outra profissão, que me dê mais tempo e energia de fazer isso que eu gosto tanto?

Infelizmente, a Medicina por si só não me completa e ela suga muito minha energia.

Esta é a minha única incerteza quanto a continuar na Medicina: será que conseguirei estudá-la e praticá-la, sem ter que ofertar exclusividade em troca? Porque também se for para ser um mal médico, nem vou perder meu tempo...

Para quem se ou me questiona, está aí um pouco do que passa em minha cabeça sobre minha escolha profissional.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Desejos

Eu sei que tu queres respostas, sei que mereces ouvir algo, nem que seja uma mentira. Sei que o silêncio é desleal. Mas não consigo fazer diferente. Não consigo admitir que eu curto muito ficar contigo, que por mais que eu grite o contrário, adoro teus olhos, tua pele, teu abraço, teu carinho. Não consigo admitir que é triste para mim saber que não vou poder te ter comigo, mesmo querendo MUITO. E ao mesmo tempo não entendo... somos tão diferentes, temos um ritmo de vida, um estilo de vida completamente diferente e eu não entendo por que tocas tanto meu coração. Como que vou admitir isso tudo? Não tenho coragem. Fico no silêncio, pois meu orgulho não me permite falar esse tipo de coisa. Eu estou sufocado. Desculpe, mas te quero.
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