sábado, 23 de março de 2013

Soja - True Love


"I need true love
Do you know what you mean to me
(True love)
Does it show as I live and I breath
(True love)
In the valley of the shadow, I know you'll be.
(True love)
I defense, I conquer death
And I conquer the enemy (envy)."

Olly Murs - I Need You Now

"Is everywhere that I go is standing alone in the crowd
And I need you now... I need you now

I wonder how you kiss, how you fight, how you laugh, how you smile
All of the time"

terça-feira, 12 de março de 2013

Jacques Demolay e o Século XXI


Muito embora já tenham se passado mais de 500 anos, ainda me sinto na época de Jacques DeMolay, na qual a intolerância, a ignorância e a tirania massacrou os vulneráveis defensores dos Direitos Humanos e de uma nova ordem social mundial.

Nossos avanços são notáveis, mas temos de continuar adiante, fortalecendo um novo paradigma em nossa sociedade.

domingo, 10 de março de 2013

MÉDICOS VERSUS PLANOS DE SAÚDE (Drauzio Varella)

MÉDICOS VERSUS PLANOS DE SAÚDE
Drauzio Varella


Médicos que vivem da clínica particular são aves raríssimas. Mais de 97% prestam serviços aos planos de saúde e recebem de R$ 8 a R$ 32 por consulta. Em média, R$ 20.

Os responsáveis pelos planos de saúde alegam que os avanços tecnológicos encarecem a assistência médica de tal forma que fica impossível aumentar a remuneração sem repassar os custos para os usuários já sobrecarregados. Os sindicatos e os conselhos de medicina desconfiam seriamente de tal justificativa, uma vez que as empresas não lhes permitem acesso às planilhas de custos.

Tempos atrás, a Fipe realizou um levantamento do custo de um consultório-padrão, alugado por R$ 750 num prédio cujo condomínio custasse apenas R$ 150 e que pagasse os seguintes salários: R$ 650 à atendente, R$ 600 a uma auxiliar de enfermagem, R$ 275 à faxineira e R$ 224 ao contador. Somados os encargos sociais (correspondentes a 65% dos salários), os benefícios, as contas de luz, água, gás e telefone, impostos e taxas da prefeitura, gastos com a conservação do imóvel, material de consumo, custos operacionais e aqueles necessários para a realização da atividade profissional, esse consultório-padrão exigiria R$ 5.179,62 por mês para sua manutenção.

Voltemos às consultas, razão de existirem os consultórios médicos. Em princípio, cada consulta pode gerar de zero a um ou mais retornos para trazer os resultados dos exames pedidos. Os técnicos calculam que 50% a 60% das consultas médicas geram retornos pelos quais os convênios e planos de saúde não desembolsam um centavo sequer.

Façamos a conta: a R$ 20 em média por consulta, para cobrir os R$ 5.179,62 é preciso atender 258 pessoas por mês. Como cerca de metade delas retorna com os resultados, serão necessários: 258 + 129 = 387 atendimentos mensais unicamente para cobrir as despesas obrigatórias. Como o número médio de dias úteis é de 21,5 por mês, entre consultas e retornos deverão ser atendidas 18 pessoas por dia!

Se ele pretender ganhar R$ 5.000 por mês (dos quais serão descontados R$ 1.402 de impostos) para compensar os seis anos de curso universitário em tempo integral pago pela maioria que não tem acesso às universidades públicas, os quatro anos de residência e a necessidade de atualização permanente, precisará atender 36 clientes todos os dias, de segunda a sexta-feira. Ou seja, a média de 4,5 por hora, num dia de oito horas ininterruptas.

Por isso, os usuários dos planos de saúde se queixam: “Os médicos não examinam mais a gente”; “O médico nem olhou a minha cara, ficou de cabeça baixa preenchendo o pedido de exames enquanto eu falava”; “Minha consulta durou cinco minutos”.

É possível exercer a profissão com competência nessa velocidade? Com a experiência de quem atende doentes há quase 40 anos, posso garantir-lhes que não é. O bom exercício da medicina exige, além do exame físico cuidadoso, observação acurada, atenção à história da moléstia, à descrição dos sintomas, aos fatores de melhora e piora, uma análise, ainda que sumária, das condições de vida e da personalidade do paciente. Levando em conta, ainda, que os seres humanos costumam ser pouco objetivos ao relatar seus males, cabe ao profissional orientá-los a fazê-lo com mais precisão para não omitir detalhes fundamentais. A probabilidade de cometer erros graves aumenta perigosamente quando avaliamos quadros clínicos complexos entre dez e 15 minutos.

O que os empresários dos planos de saúde parecem não enxergar é que, embora consigam mão-de-obra barata – graças à proliferação de faculdades de medicina que privilegiou números em detrimento da qualidade -, acabam perdendo dinheiro ao pagar honorários tão insignificantes: médicos que não dispõem de tempo a “perder” com as queixas e o exame físico dos pacientes, pedem exames desnecessários. Tossiu? Raios X de tórax. O resultado veio normal? Tomografia computadorizada. É mais rápido do que considerar as características do quadro, dar explicações detalhadas e observar a evolução. E tem boa chance de deixar o doente com a impressão de que está sendo cuidado.

A economia no preço da consulta resulta em contas astronômicas pagas aos hospitais, onde vão parar os pacientes por falta de diagnóstico precoce, aos laboratórios e serviços de radiologia, cujas redes se expandem a olhos vistos pelas cidades brasileiras. Por essa razão, os concursos para residência de especialidades que realizam procedimentos e exames subsidiários estão cada vez mais concorridos, enquanto os de clínica e cirurgia são desprestigiados.

Aos médicos, que atendem a troco de tão pouco, só resta a alternativa de explicar à população que é tarefa impossível trabalhar nessas condições e pedir descredenciamento em massa dos planos que oferecem remuneração vil. É mais respeitoso com a medicina procurar outros meios de ganhar a vida do que universalizar o cinismo injustificável do “eles fingem que pagam, a gente finge que atende”.

O usuário, ao contratar um plano de saúde, deve sempre perguntar quanto receberão por consulta os profissionais cujos nomes constam da lista de conveniados. Longe de mim desmerecer qualquer tipo de trabalho, mas eu teria medo de ser atendido por um médico que vai receber bem menos do que um encanador cobra para desentupir o banheiro da minha casa. Sinceramente.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Demokratia

Demo cracia é poder ao povo. Neste final de semana, irão explodir várias manifestações em todos os estados em repúdio à nomeação do Pastor Feliciano e também contra Renan Calheiros. Agora, vocês sabem o que eles - deputados e senadores - farão? Em sua maioria, nada. Por quê? Fisiologismo político - de uma forma mais clara: estão interessados no poder que lhes foi concedido em nome do povo, e não no povo em si, e, para isso, se submetem a alianças e ações escusas e antiéticas, como por exemplo eleger e manter um deputado claramente homofóbico e racista na comissão de Direitos Humanos.

Para combater isso, nasceu a #rede, que traz um debate programático, que acolha as minorias e a maioria também, buscando uma reflexão e consciência melhor e maior de sociedade. E, diga-se de passagem, ética e direitos humanos são questões que não se submetem ao voto - são, na verdade, princípios mínimos exigidos em uma sociedade democrática e, portanto, em seus representantes políticos.

Engraçado que, para muitos, democracia é simplesmente sinônimo de "governo da maioria" "decidido pelo voto" etc, mas o povo é povo, com suas diferenças, com suas identidades próprias e - dentro dessa diversidade - ainda assim é Nação. Precisamos assumir essa postura no Brasil, um País sabidamente multiétnico, multicultural, que abriga diversas religiões, permite o desenvolvimento de diferentes sexualidades. Democracia mesmo será quando conseguirmos acolher todas essas demandas, desde que pautadas na justiça social.

Democracia da maioria é fascismo, e visa justamente destruir aquilo que há de bom em nós, todas essas diversidades, as quais fazem da vida em sociedade uma escola de valores e vivências para cada cidadão. O fascismo aliena e diminui o potencial de humanidade, fazendo do ser humano uma mera máquina não-pensante e acrítica.

Portanto, o que temos aí hoje não é democracia (claro, muito embora não seja um fascismo). Mas devemos compreender o que, de fato, ela é para que trabalhemos forte e constantemente por isso.

terça-feira, 5 de março de 2013

Radicalismo alheio radicaliza a si próprio.

Radicalismo alheio radicaliza a si próprio.

Eis minha autocrítica: tento estabelecer debate com quem não deseja debate, mas abate. Nesse caso, mais vale ficar quieto com seus ideais, deixando os abutres a comer carniça alheia.

Falha minha, nasci com neura por diplomacia. Espero um dia ainda vencer isso e aprender que, às vezes, o silêncio é o maior argumento de bons valores e ideais. E o trabalho - com resultados - é a maior prova de que o caminho é esse mesmo.
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